Uma mini crônica sobre meus pais
Diversas vezes eu fantasiei como seria ter a oportunidade de conhecer meus pais quando eles tinham a minha idade.
Fico pensando nas conversas que teríamos. Nas brincadeiras que meu pai provavelmente faria. Nas confissões que eu trocaria com a minha mãe. No que eles diriam quando soubessem a pessoa que eu me tornei por causa deles.
Queria saber quais medos eles tinham com 25 anos. O que sonhavam, o que os deixava felizes, como passavam o tempo. Que expectativas eles tinham para o futuro. Quais características eles carregavam que agora não existem mais porque eles mudaram, amadureceram, se transformaram.
Queria conversar com a minha mãe sobre skincare e com meu pai sobre os filmes que veríamos no cinema juntos.
Suspeito que seríamos bons amigos. Que ficaríamos horas conversando.
Não sei por que, mas pensar nisso me emociona. Toda vez. E decidi escrever só por isso: porque essa fantasia toca meu coração. Porque ela me conecta ainda mais com duas pessoas que, com a minha idade, nem sabiam disso, mas se tornariam pais incríveis.
E talvez para me lembrar que eles também foram jovens um dia. Que erraram e tropeçaram, mas acertaram e construíram coisas lindas juntos. E que, se Deus quiser, eu estou seguindo o mesmo caminho.
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